segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pelo Telefone





Se parar pra pensar eu não sou uma pessoa simpática ao telefone. Sim, confesso. Não gosto muito de ficar falando ao telefone. Tenho amigos que dizem que sou monossilábico ao telefone. Minha conversa se limita a uma sucessão de “hum-hum” , “é” e “não”. Até hoje,não consigo entender como alguém consegue passar horas com aquele aparelho na orelha! Há situações que me irritam profundamente quando preciso usar o telefone. Por exemplo, dia desses tive que ligar para uma empresa; eu sei que a empresa só tem dois funcionários, o que atende o telefone e outro que não gosta de atender. Liguei e perguntei pela pessoa: “Por favor, fulano está?”, do outro lado ouvi aquela pergunta cretina : “Quem gostaria?” Com assim “quem gostaria?” . Eu GOSTARIA, pô! Se eu quem estou ligando é porque EU quero falar. Eu não ligaria à toa, só pra ver se a pessoa estava lá e desligaria, não é?! E como se não bastasse, logo em seguida, depois que falei quem eu era, a pessoa perguntou: “sobre o que seria?”. Começou minha taquicardia. Mas tudo bem, relaxei e falei o assunto. Eis que vem o tiro de misericórdia: “Pode falar, É ELE MESMO!” Sangue em meus olhos! Minha vontade foi perguntar: meu filho, você ta fugindo de quem? Da policia? Sim, porque nem o SuperCine faz tanto suspense pra no final revelar quem é o criminoso! Outra coisa. Gente que não tem crédito no celular e fica dando toquezinhos pra pessoa retornar, também me irrita. Putz! Se não tem grana pra pôr crédito no aparelho, pra que ter um celular? E a mesma coisa de ter um carro e nunca ter grana pôr combustível. Ainda lançarei a campanha: “Coloque crédito nessa p%#@$!” Com direito a camisetas e tudo mais. Não sei se acontece com você, mas sempre que alguém liga a cobrar pra mim e desliga em seguida, algo toma conta do meu corpo, uma vontade incontrolável pra saber do que se trata. Alguns chamam isso de curiosidade, mas eu prefiro chamar de neurose mesmo. Daí você retorna a ligação e a pessoa do outro lado limita-se em dizer “então, só liguei porque tava com saudade”. Misericórdia! Tudo bem, foi bonitinho, mas sabe quanto vai me custar essa saudade? Sabe quanto? Calma. Respiro. Conto até dois mil e setecentos e cinqüenta e seis. Outra coisa que me tira do sério: pessoas que ligam pra gente em situações difíceis de falar. Veja bem: a pessoa bebeu a noite toda, cismou que é dono de operadoras, e liga de alguma balada fortíssima. Se pessoalmente, numa balada dessa, com som alto é impossível se conversar, imagine falar ao telefone. Bom, daí quem atende fica: “O que? Quem? Como? Não tô te escutando direito...Não ouvi direito...Onde você tá ?? Onde? Quem? O som tá muito alto!” E quando você mesmo espera ou quando conseguiu pelo menos entender três palavras, a pessoa desliga! E lá vem de novo a curiosidade. Você retorna a ligação e a pessoa simplesmente não atende. Sim, porque se ela não conseguia nem conversar, como é que vai ouvir o toque do telefone? Com o avanço da tecnologia, telefone celular tornou-se algo popular. Hoje em dia vê-se uma disputa acirrada pra ver quem tem o celular mais arrojado, mais moderno. É comum ouvir: “O meu tira fotos, grava, filma e tem internet” ou seja, vc tem uma câmera fotográfica que filma e tem you tube! Mas a outra pessoa pra não ficar por baixo: “O meu faz tudo isso e ainda o dom da premonição! Antes mesmo de você pensar em ligar pra mim, meu celular automaticamente faz uma ligação pra você” É a modernidade, meu caro, é a modernidade. Não, e os toques de celular? Há pouco tempo aquele toque “FOR ELISE” era padrão, hoje em dia é um festival de música. Instaura-se uma disputa para ver quem tem o hit do momento como toque no celular!


Por Leandro Mauricio



ATARI

Toda criança adora jogar vídeo-game. Eu também adorava.
E quando era um pimpolho fiquei viciado num jogo de corridas, que era muito famoso na época. O jogo chamava-se Enduro e objetivo era vencer uma corrida mundial atravessando pistas com os mais diversos obstáculos.
O piloto do carro que tinha que enfrentar a estrada com chuva, com lama, com neve e com granizo. Ele só não tinha que enfrentar as estradas cheias de buracos que nós temos que atravessar todos os dias. Acho que foi por isso que o jogo foi um sucesso!
Eu sempre achei que o nome do jogo era Enduro porque a gente passava a tarde inteira jogando e no final do dia acabava com o corpo inteiro bem duro. Tanto é que uma vez uma amiga da minha mãe chegou para visitar nossa casa, fui cumprimenta-la, ela percebeu que meu braço estava torto e perguntou:
- Seu filhinho tem paralisia?
E minha mãe respondeu:
- Não ele tem um Atari.
Outro game muito popular na época era o jogo de aviões River Raid.
Você podia escolher entre jogar com o aviãozinho branco ou com o aviãozinho preto.
Só que ninguém gostava de jogar com o aviãozinho preto
Eu fiquei pensando sobre isso e cheguei a conclusão de que não existe avião preto. Tirando o avião do Batman, o resto é tudo branco. E além disso, sempre que eu jogava com o aviãozinho preto dava a impressão que ele estava pegando fogo! Eu tinha medo de abastecer o aviãozinho e explodir o posto de gasolina.
Mas com certeza o jogo mais famoso da época era o Pac Man.
Para quem não sabe o Pac Man era um cara que comia tudo o que aparecia pela frente.
Tipo aqueles caras que freqüentam o Porcada 77. Se é que você me entende!.
Quando o Pac Man percebia que não ia dar conta do recado, ele engolia uma pílula amarela que ficava no canto da tela e conseguia comer todo mundo.
Sei não! Acho que aquilo era viagra!


Por Rodrigo Oliveira.